Projeto ecológico começa na prisão e acaba nas escolas e IPSS (VÍDEO)
O Município de Leiria apresentou esta terça-feira um projeto natural e ecológico de combate à praga da lagarta do pinheiro que começa no Estabelecimento Prisional de Leiria com a criação de abrigos para o chapim (uma ave) por parte dos reclusos e acaba nos recreios das escolas e nas IPSS de Leiria.
“As processionárias constituem um perigo para as pessoas e animais, em especial para as crianças, uma vez que podem ser responsáveis por alergias e dificuldades respiratórias. Em vez de utilizarmos químicos ou de procedermos à queima dos ninhos das lagartas do pinheiro, decidimos tentar mitigar esta praga através do chapim, que é um predador natural”, sublinhou a vereadora da Câmara de Leiria responsável pelos Espaços Verdes na sessão de apresentação do projeto, no Dia Mundial da Árvore.
A iniciativa nasce de uma organização do Município de Leiria e da Oikos - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria e União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes.
“Vão ser realizadas ações de formação junto dos professores, procurando atingir a vertente pedagógica virada para a educação ambiental e ciências”, informou o presidente da Oikos, Mário Oliveira.
O Projeto Chapim, que vai obrigar ainda à articulação com os responsáveis das 18 juntas de freguesia de Leiria e respetiva monitorização “é muito importante para os reclusos, uma vez que estes podem desta forma contribuir para o necessário ciclo natural da mudança e da renovação”, salientou o diretor do Estabelecimento Prisional de Leiria, José Ricardo Nunes.