Ópera e Património: Programa O.P.(us) junta o melhor de dois mundos em Leiria
De Mozart a Rossini, do Castelo ao Moinho do Papel, o programa “O.P.(us) – Ópera no Património” junta em Leiria, de 07 a 10 de setembro, o melhor de dois mundos: o nosso património monumental e o património imaterial da grande música universal.
A concretização deste programa resulta de uma candidatura ao Programa Operacional Regional do Centro, com um projeto que visa a realização de um conjunto de eventos de cariz operático associados ao património, à cultura e aos bens culturais dos territórios de Leiria, Batalha, Viseu, Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Coimbra, num total de 91 espetáculos por ano, a realizar em 2017, 2018 e 2019.
No caso de Leiria, a programação abre dia 07 setembro, com visitas guiadas didático-pedagógica ao Castelo, das 10h30 às 12h00 e das 14h00às 16h00, e prossegue com um concerto com Grupo de Sopros, às 18:00, também no castelo, e um Quarteto de Cordas, às 19h30, no m|i|mo - museu da imagem em movimento.
No dia 08, a programação abre às 18h30, no Moinho do Papel, com Quarteto de Cordas. Às 20h00, no Museu de Leiria, decorre uma visita guiada pelo Maestro José Ferreira Lobo aos bastidores da Ópera, e às 21h00, também no Museu de Leiria, há um concerto didático-pedagógico sobre O Barbeiro de Sevilha.
No dia 09 setembro, a Orquestra de Arcos atua às 15h00 na Igreja da Misericórdia, mas é às 21h00, no Museu de Leiria, que acontece um dos momentos altos da programação, com a apresentação da ópera O Barbeiro de Sevilha.
A programação deste ano em Leiria fecha dia 10, às 18h00, no Museu de Leiria, com o Requiem, de Mozart.
Apesar de todas estas iniciativas em Leiria terem entrada gratuita, é necessário obter bilhete que estará disponível, a partir do dia 02 de setembro, na bilheteira do Teatro José Lúcio da Silva.
Um programa de excelência
O programa “O.P.(us) – Ópera no Património” teve início em Pinhel, seguiu para Vila Nova de Foz Coa e chega agora a Leiria, passando ainda por Coimbra, Batalha e Viseu, numa ação conjunta que apresenta obras de referência da história da música, em alguns dos mais emblemáticos monumentos da região Centro, como são os casos do Mosteiro da Batalha, Universidade de Coimbra, Castelo de Leiria, os sítios pré-históricos de arte rupestre do Vale do Rio Coa e de Siega Verde, e ainda outros imóveis classificados como monumento nacional, como a Igreja Matriz da Batalha, a Capela de S. Pedro e a Sé de Leiria, a Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa, a Sé de Viseu e o Castelo de Pinhel.
Este programa assenta na realização de 18 obras referenciais da história da música a partir de uma estrutura profissional que integra orquestra, coro, solistas, encontrando-se alinhado com uma estratégia regional que tem como objetivo contribuir para a preservação dos valores naturais e culturais, por via da sua conservação e valorização turística, enquanto fatores de competitividade e de desenvolvimento económico, através de iniciativas que visem incrementar o turismo cultural, criar emprego e riqueza, valorizar os equipamentos associados ao património e alargar os potenciais beneficiários e a captação de fluxos turísticos, dinamizando os espaços culturais existentes.
Com um investimento de 971.502,05 euros, o programa divide-se em três tipologias - residências artísticas, concerto operático na Universidade de Coimbra e residências artístico/pedagógicas, tendo associado um programa de animação que comporta conferências, roteiros turístico-culturais, visitas ao património e aos museus de cada município e outras realizações complementares, estando calendarizado para os anos de 2017, 2018 e 2019.
Para além das residências artísticas onde estão previstas realizações operáticas, concertos coral-sinfónicos e concertos de música de câmara no património, o Programa contempla ainda a realização de concertos pedagógicos para o público escolar de cada território, ascendendo este número a 55 concertos por ano.
Uma das ideias chave do “O.P.(us) – Ópera no património”, que tem como mentor e programador o maestro José Ferreira Lobo, é a dinamização do património material, através da organização de espetáculos em imóveis ou locais de valor patrimonial extraordinário, seja arquitetónico, urbano ou natural, concedendo à obra musical uma dimensão cénica notável.