Breve historial
José Joaquim Pereira, Clemência Alves de Matos e filhos
A «Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira» foi construída na segunda metade do século XIX por ocasião do casamento de José Joaquim Pereira e Clemência Alves de Matos, avós maternos da sua última proprietária, Dona Maria Leonilde Pereira Alves Carreira.
O avô pertencia à família Pereira oriunda da Ruivaqueira, de enorme prestígio na região. Para além de grandes proprietários agrícolas, exerciam a actividade de “barbeiros” não no sentido actual de cortadores de barba e cabelo, mas prestando serviços de medicina numa época em que escasseavam médicos nas aldeias. Eram ainda os mordomos das festas em honra do padroeiro, Santo Amaro.
Clemência Alves de Matos pertencia à família Alves de Matos dos Conqueiros, freguesia de Souto da Carpalhosa, uma das mais antigas e distintas famílias da região.
Tiveram três filhos; Deolinda Pereira Alves de Matos e Joaquim José Pereira Alves de Matos morreram bastante jovens. Maria Júlia da Conceição Pereira Alves de Matos casou com Domingos Fernandes Carreira, natural da Guia (Pombal), que se fixara na Ortigosa para abrir uma farmácia.
Tiveram uma filha, Maria Leonilde Pereira Alves Carreira, que ficou a ser conhecida como “Dona Julinha” após a morte precoce de sua mãe, quando tinha apenas dez meses.
Domingos Fernandes Carreira passou a administrar a Casa Agrícola e os bens que ficariam a pertencer a “Dona Julinha” por herança de seus avós e de sua mãe.
A «Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira» foi uma das maiores casas agrícolas da região, possuindo inúmeras propriedades rurais e florestais e muito gado bovino, porcino e aves de capoeira.
Nela se desenvolvia uma intensa actividade agrícola na área da vitivinicultura, cultura de cereais e do azeite, fruticultura, bem como silvicultura.
Com a doação, em 11 de Junho de 2002, de parte dos bens constituintes da «Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira», por Maria Leonilde Pereira Alves Carreira, ao Município de Leiria, a Câmara Municipal de Leiria procedeu, apoiada pelo Programa de Iniciativa Comunitária LEADER+, através da ADAE – Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura, à recuperação e adaptação dos edifícios agro-pecuários e áreas anexas, constituindo um circuito museológico interpretativo e interactivo.