Câmara de Leiria aprova jardim da Almuinha Grande no valor de 2,2 milhões de euros
A Câmara de Leiria aprovou esta quinta-feira o projeto para a criação do Jardim da Almuinha Grande, uma aspiração que tem já 25 anos e que irá custar cerca de 2,2 milhões de euros.
O jardim prevê a plantação de mais de meio milhar de novas árvores, de quase 1900 novos arbustos, um lago e a continuidade de percursos pedestres ao longo do rio Lis, estando garantidas as acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada.
Uma das mais-valias do projeto – o Plano de Pormenor da Almuinha Grande, datado de 1992, já previa para aquele local a execução do jardim - é possibilitar ainda a organização de atividades urbanas, como o Mercado do Levante, e iniciativas de lazer e desporto informal, eventos, pequenas feiras e concertos.
O equipamento vai estabelecer a ligação do sistema ecológico e urbano da Nova Leiria e dos Marrazes ao corredor do rio Lis, destacando-se ainda a criação de um anfiteatro ao ar livre, um miradouro do jardim e do castelo, um longo passeio público e uma grande clareira que constituirá uma zona de prado na qual se prevê uma intensa utilização familiar e intergeracional.
O prazo de execução da empreitada é de um ano. O projeto está associado a financiamento comunitário e integrado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, prevendo-se uma despesa de €€1.306.603,48 + IVA em 2017 e de €933.288,14 + IVA em 2018, num total de €2.239.891,62 + IVA.
Recorde-se que até ao final do século XX, a zona em causa havia sido parte remanescente do sistema de aproveitamento agrícola do vale do Lis. Hoje, toda a envolvente encontra-se urbanizada.
A primeira proposta concreta data de 1995, na sequência de um estudo realizado pelo historiador Jorge Estrela e pelo arquiteto Rui Ribeiro, este último o autor do atual projeto de jardim. Em 2004 foi apresentado um novo projeto, adaptado às infraestruturas criadas no âmbito do campeonato europeu de futebol, onde se incluía a Ponte Euro 2004 e o Centro Nacional de Lançamentos.
O atual executivo municipal decidiu em 2015 desenvolver este projeto, adaptado à realidade atual, de forma a aproveitar os financiamentos disponíveis para este investimento público, garantindo que este fosse exequível e indo ao encontro das expetativas criadas junto da população há mais de duas décadas.