Incêndios - Comunicado
Tendo em conta a situação dramática que se viveu no concelho e na região de Leiria nas últimas 24 horas, o Município de Leiria faz o seguinte ponto da situação:
Em Coimbrão, Ervedeira, há a registar uma casa ardida e anexos de uma outra habitação.
Em Monte Real e Carvide arderam anexos e casas desabitadas nos lugares de Boco, Lameiro e Moinhos. Em Monte Redondo e Carreira arderam também algumas casas abandonadas.
Relativamente aos meios operacionais: 95 homens estiveram envolvidos no combate às chamas [32 dos Bombeiros Municipais de Leiria, 45 dos Voluntários de Leiria, 37 dos Voluntários da Maceira e 26 dos Voluntários da Ortigosa], apoiados por 18 viaturas.
Há a registar seis feridos, cinco dos Bombeiros Municipais de Leiria e um dos Bombeiros Voluntários de Leiria, para além de danos em sete viaturas, uma das quais, dos Bombeiros Municipais, completamente destruída.
Há ainda a registar diverso material queimado (mangueiras, agulhetas, rádios e fardamento).
O Município de Leiria aproveita para deixar um agradecimento especial à população que se tem deslocado ao quartel dos Bombeiros Municipais de Leiria para fornecer água e bens alimentares e a todos aqueles que de forma generosa têm ajudado os bombeiros no combate aos incêndios, demonstrando um espírito de entreajuda louvável.
Suspensão de aulas nas escolas e agrupamentos de escolas
Ao início da tarde, as concentrações de fumo levaram os diretores das escolas públicas e privadas a avaliarem a situação, tendo em conta a localização dos estabelecimentos de ensino, e a tomarem as decisões que entenderam por mais adequadas.
A resposta, ao longo do dia, e após articulação entre as direções dos estabelecimentos de ensino, DGESTE, Proteção Civil, Município de Leiria e Autoridade de Saúde, foi diferente para cada uma das escolas/agrupamentos, mas a maioria optou pelo suspensão das aulas, de forma a que fosse salvaguardada a saúde pública.
Acionados planos distrital e municipal de emergência
Recorde-se que no domingo à noite, pelas 23:00, foram acionados os planos distrital e municipal de Emergência de Proteção Civil de Leiria. Os incêndios que deflagraram no concelho obrigaram à evacuação de alguns espaços, nomeadamente de lares.
Desde logo foram disponibilizados, para alojamento temporário, o pavilhão desportivo do Souto da Carpalhosa, bem como o Regimento de Artilharia 4 de Leiria. Já ontem, a BA5 de Monte Real abriu as portas para acolher a população, também devido à aproximação das chamas.
O Município de Leiria apela à população para evitar deslocações até aos locais onde se registam os incêndios, de forma a salvaguardar a segurança das pessoas.
O Município de Leiria apela, igualmente, à colaboração de todos e que sejam respeitadas as orientações que estão a ser fornecidas pelas autoridades públicas.
O presidente da Câmara Municipal de Leiria tem estado a acompanhar esta situação desde o início, testemunhando o voluntarismo da população, bem como o esforço de todas as forças que estão envolvidas no combate aos incêndios.
Conselhos da DGS e do Conselho Clínico do ACES Pinhal Litoral
Evitar a exposição ao fumo, tal como a utilização de fontes de combustão dentro de casa, bem como manter-se hidratado e fresco são algumas das recomendações da Direção-Geral de Saúde (DGS).
A DGS recomenda à população que evite a exposição ao fumo, mantendo-se dentro de casa, com janelas e portas fechadas, em ambiente fresco. Ligar o ar condicionado, se possível, no modo de recirculação de ar.
É igualmente recomendado que se evite a utilização de fontes de combustão dentro de casa (aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas, incenso, entre outros); tal como a realização de atividades no exterior.
Utilizar máscara/respirador (N95) sempre que a exposição for inevitável e manter a medicação habitual (se tiver doenças associadas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crónica - DPOC) e seguir as indicações do médico perante o eventual agravamento das queixas são outros conselhos da DGS.
Ao mesmo tempo, o Conselho Clínico e de Saúde do ACES Pinhal Litoral lembra que as crianças, os idosos e as pessoas com patologias crónicas são os grupos mais vulneráveis, e sublinha que a população deve manter-se em casa, com as janelas encerradas (com panos húmidos a tapar eventuais frestas), mas com ambiente fresco e confortável.
Por outro lado, refere, a água dos poços e furos deve apenas ser utilizada para rega e lavagens.
Finalmente, desaconselha esforços físicos e, no caso de exposição a poeiras no ar, a serem utilizadas máscaras de protecção ou lenços húmidos.