Município promete resposta em 48 horas a questões sobre reabilitação
O Município de Leiria lançou um canal de comunicação privilegiada com os interessados na reabilitação de imóveis, através do qual é garantida resposta às questões colocadas num prazo de 48 horas.
A novidade foi apresentada pela vereadora das Operações Urbanísticas da Câmara Municipal de Leiria, Rita Coutinho, na conferência "Reabilitação Urbana", promovida pelo Semanário Região de Leiria, que decorreu sexta-feira no Edifício Moagem Heritage, em Leiria.
A partir de agora, os interessados em obter esclarecimentos junto do Município relacionados com a área da reabilitação podem comunicar por e-mail, através do endereço ReHabitar@cm-leiria.pt, estando prometida uma resposta no prazo de 48 horas.
Na sua intervenção, a responsável pelas Operações Urbanísticas referiu que existe “porta aberta no Município para os proprietários, munícipes, investidores e técnicos, para que possam ter todo o acompanhamento desde o anteprojeto ao acompanhamento da obra”.
“A reabilitação do centro histórico constitui uma prioridade para o Município de Leiria, com o objetivo de tornar a cidade mais dinâmica, competitiva, atrativa e inclusiva”, disse Rita Coutinho, realçando um conjunto de intervenções previstas para o espaço público no centro da cidade que vão tornar esta área mais atrativa, tal como investimento na criação de edifícios-âncora para atrair moradores e visitantes.
O desafio no reforço de oferta de estacionamento – atualmente existem aproximadamente 5.200 lugares de estacionamento nos 21 parques da cidade – foi outro tema abordado pela vereadora, que se mostrou confiante em relação ao repovoamento do centro histórico.
A existência de incentivos à reabilitação foi outro aspeto destacado por Rita Coutinho, que realçou os benefícios em sede isenção de taxas, tal como ao nível de benefícios fiscais.
Na sua intervenção, fez uma apresentação das três Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) existentes na cidade, nas quais existem 1.098 matrizes de prédios urbanos, dos quais 197 estão identificados como devolutos e degradados, havendo intervenções em 74 edifícios (contabilizando projetos em fase de análise, em obras em curso e já concluídas).
A responsável pela pasta das obras particulares explicou ainda que o Município de Leiria desenvolveu uma análise “SWOT” sobre o centro histórico, destacando como forças a centralidade deste território, a topografia da cidade que lhe confere uma imagem de “bilhete postal”, o índice de qualidade de vida (10.º lugar nacional na categoria Viver, e terceiro na região Centro, do ‘City Brand Ranking’ da consukltira Bloom Consulting ) reconhecido e o ensino superior que oferece densidade populacional à cidade.
Em relação às fraquezas referiu o ‘conflito’ entre as zonas de bares e moradores, um problema que se pretende ultrapassar com um regulamento de horário de funcionamento de estabelecimentos.
No que diz respeito a oportunidades, realçou um crescente interesse do setor da construção na área da reabilitação.
“O Centro histórico está na moda”, afirmou Rita Coutinho, acrescentando que há cada vez mais interessados em investir na reabilitação, realçando como ameaças as dificuldades específicas de intervir nestas áreas, pela morfologia de terreno ou largura de vias, tal como alguma especulação que se regista no imobiliário.