Presidente da Câmara defende reabilitação do património para atrair vida e investimento a Leiria
O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, defendeu esta quarta-feira a importância da requalificação do património histórico, na medida e que torna as nossas cidades mais atrativas e competitivas, contribuindo para a captação de moradores e reforço da atratividade para o investimento nas áreas de comércio e serviços.
Raul Castro falava na cerimónia de assinatura do contrato de concessão do Convento Santo António dos Capuchos, que decorreu no Mercado de Sant’Ana, em Leiria, com a presença do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.
“Em boa hora [o Convento] foi contemplado com o Projeto Revive: A concretização deste empreendimento contribuirá para a qualificação do nível oferta da hotelaria em Leiria e para o desenvolvimento do setor do turismo na região”, disse o presidente da Câmara Municipal de Leiria, defendendo que a reabilitação deste imóvel vai “acrescentar alma à cidade de Leiria”.
“Esperemos que este seja mais um sinal de vitalidade de uma área de atividade tão importante para o equilíbrio das contas nacionais e que ainda tem uma larga margem de progressão na nossa região”, disse o presidente da Câmara Municipal de Leiria, desafiando os proprietários de imóveis degradados na cidade de Leiria a aproveitarem, com ajuda dos instrumentos de apoio disponíveis, o atual contexto económico muito favorável à rentabilização de investimento nesta área.
Na cerimónia, a secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, destacou a importância que o programa Revive representa para muitos monumentos históricos, que têm oportunidade de terem uma nova vida, sendo devolvidos às cidades e às populações.
Por seu turno, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu que o nosso património deve ser colocado ao serviço dos portugueses, num processo de reabilitação que não pode pôr em causa o valor patrimonial e a memória que estes imóveis representam.
Refira-se que este contrato prevê a transformação do convento em hotel de charme, tendo alguns pormenores sobre a configuração futura do empreendimento sido revelados na cerimónia por António Sampaio Almeida, representante do consórcio que venceu o concurso.
O convento tem origem no século XVII, com feição setecentista erudita em termos arquitetónicos. Como refere o site do Programa Revive, este edifício “possui uma harmoniosa fachada, galilé profunda típica dos conventos capuchinos e arcaria dórica simétrica, enquadrada por vãos retangulares. São ainda visíveis pinturas murais de ‘brutescos’ que decoram as paredes da nave principal, tendo existido também revestimentos azulejares”. O portal principal da igreja é também setecentista, de verga semicircular com frontão de volutas interrompido.
Em 1770 foi objeto de obras de ampliação, a que correspondem os corpos laterais e os portais barrocos com frontões contracurvados encimados por óculo e cartela.
No século XIX foi também alvo de alterações e ampliação, sendo presentemente composto por vários corpos edificados perpendicularmente em volta de um claustro e de um pátio.
Destaca-se a imagem erudita e a elegante fachada principal a que corresponde a entrada da igreja, acrescenta o site.