Presidente da Câmara de Leiria defende que empresas devem encarar globalização como oportunidade e não ameaça
O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, defendeu esta quarta-feira que as empresas devem encarar globalização como oportunidade e não ameaça, adaptando-se a um novo paradigma de comunicação imposto pela generalização das plataformas digitais que deu origem a uma geração de nativos digitais que alinham os seus modelos de consumo com as suas novas formas de interação social.
O autarca falava na sessão de apresentação do Programa “ComércioDigital.pt” – Qualificar o Comércio e os Serviços para a Economia Digital, que decorreu no Teatro Miguel Franco, uma iniciativa conjunta entre a ACEPI - Associação da Economia Digital e da CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, que teve como anfitriã a Acilis – Associação de Comércio, Indústria Serviços e Turismo da Região de Leiria.
Raul Castro defendeu ainda que apesar do processo de desmaterialização da relação empresa-cliente, é fundamental que a estratégia de promoção digital esteja ancorada nos valores tradicionais que consolidaram a relação de confiança que constitui um dos mais fortes fatores de diferenciação das pequenas empresas.
Na sessão, o presidente da Acilis, Lino Ferreira, que destacou a excelência do tecido comercial de Leiria, realçou que este programa pretende sensibilizar para as vantagens do uso das ferramentas digitais no processo de negócio das empresas.
O presidente da ACEPI – Associação da Economia Digital, Alexandre Fonseca, estabeleceu como objetivo deste programa apoiar a digitalização de 50 mil empresas do comércio local de proximidade.
Por seu turno, o presidente da CCP – Confederação do Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, afirmou que “para as novas tecnologias não há periferias”, manifestando o desejo de que este programa contribua para a modernização e competitividade do tecido empresarial português.
A encerrar a sessão, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu que quem não tem presença digital não existe no novo mercado.
“Cada vez mais a economia vai passar por esta integração entre o físico e o digital”, realçou, acrescentando que a transição para o digital é “uma batalha que vale a pena travar” a bem da economia portuguesa.