“Os Amores D’El Rei D.Dinis” no Castelo de Leiria

No fim-de-semana de 20 e 21 de Julho, o Castelo de Leiria recuará até aos Séculos XIII e XIV, com um Mercado Medieval e a Recriação Histórica "Os Amores D’El D. Dinis".
A Recriação histórica será encenada pelos Viv Arte – Companhia de Teatro, numa representação fidedigna dos usos e costumes da época, com os atores e figurantes trajados a rigor e levando o público a sentir-se transportado até aos tempos de D. Dinis.
Músicas, cantigas, arruadas, folguedos, zaragatas entre fidalgos, bem como as escapadas amorosas D’El Rei D. Dinis, serão algumas das muitas encenações que, ao longo destes dois dias, irão animar o Castelo de Leiria.
No dia 20 o evento realiza-se entre as 14 e as 24 horas e, no dia 21, entre as 10 e as 21 horas. A entrada no recinto custa 3 euros, a partir dos 10 anos.

El Rei D. Dinis | D. Dinis – O Lavrador
(1261-1325)

Filho de D. Afonso III de Portugal e de D.ª Beatriz de Castela, D. Dinis foi aclamado Rei em 1279 e governou Portugal de forma inteligente e progressiva, até 1325 (†). Foi uma época de importantes reformas políticas e administrativas, mas também de manifestações artísticas e culturais de grande relevância.

Em Leiria, D. Dinis deixou um importante legado que lhe confere os cognomes de "Lavrador" e de "Poeta/Trovador". O assoreamento e a domesticação do rio (Campos do Lis), assim como a plantação do pinhal de Leiria foram ações essenciais para o desenvolvimento da dinâmica económica da pequena vila do Lis. No domínio da cultura, destaca-se a sua vertente de trovador, quem não se recorda do poema "Ai, flores, ai, flores do verde pino", bem como a assinatura a 1 de março de 1290, nos Paços de S. Simão em Leiria, do documento que instituiu a criação da primeira universidade portuguesa.
Por último, uma marca ainda hoje visível na cidade, a construção da Torre de Menagem no Castelo de Leiria, uma obra importantíssima para o alcançar da estratégia geopolítica e militar, por si definida.

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Programa – Mercado Medieval e Recriação Histórica

DIA 20
14.00H – Acepipes e outras iguarias de sabor tradicional regadas com um quartilho de vinho nas tabernas da praça
15.00H – Arruada pelas ruas de Leiria até ao castelo. A Rainha Isabel manda alumiar os caminhos de regresso del-Rei por ocasião de uma escapadela amorosa no lugar de Amor.
16.00H -  Músicas e Cantigas / Bailias e Folguedos / Convívio das Três Culturas
17.00H – Cortejo  com  digna representação das Três Culturas pelas praças do castelo saindo os judeus sefarditas a receber os seus convidados asquenazes assim como os parentes de Riba Douro, com saudações de boas vindas. Anúncio do esposamento entre duas famílias judias.
18.00H –  Zaragata entre Fidalgos por danos de amor e  como da rixa se invoca um Juízo de Deus traçando-se  armas no ajuste da honra ferida. Invoca-se D. Dinis como homem de pleitos e bons amores, cordato e sábio nos juízos, impulsivo e feroz nos acessos de impetuosidade, amante do bom vinho e dos prazeres da vida, apaixonado pelos costumes  do reino e dos seus moradores.
19.00H –   Bons Comeres e Melhores Beberes nas Tabernas do Mercado
20.00H –  O rabi lê a Carta de Privilégios que El-Rei D. Dinis concedeu aos moradores da comunidade judaica reconhecendo-lhes o direito de manterem os seus costumes e tradições.
21.00H –Anúncio do  Esposamento Sefardita e assinatura do Contrato entre os familiares  da Rebeca da casa de Isaque Cohen e Leví da casa de Jacob Zaboca em Leiria. Cerimónia do casamento no seio da comunidade judaica. Parentes e amigos dão as bênçãos aos noivos.
22.00H – El-rei D. Dinis encontra-se furtivamente com Dona Aldonça Rodrigues Telha e do que então sucedeu. Arruadas de trovadores  e o ataque dos Saltimbancos
23.00H -  Músicas e Cantigas / Bailias e Folguedos / Convívio das Três Culturas
24.00H – Espectáculo de malabares de fogo " Bruxarias e Belzebus"

DIA 21
12.00H – Arruada musical pelas ruas do burgo.
13.00H – Comeres saborosos  e Beberes frescos nas Tabernas do Mercado
14.00H – Os divertidos ataques de surpresa  aos moradores pelos Histriões e Bufões que sendo três se apresentam como uma troika de cobradores de impostos
15.00H –  Rábulas e entremezes  são apresentados nas praças e largos, assim como cânticos e danças, tanto cristãs como mouras, moçárabes e  sefarditas.
16.00H – Celebração do reinado de El-Rei D. Dinis com ajustamento de Torneio de Armas e adubamento de  Donzéis e Cavaleiros
17.00H – Anúncio do Tratado de Alcanizes  com o Rei de Leão e seu pronunciamento pelos procuradores do reino; D. Dinis tem trato particular com Dona Maria Pires na sua alcova de campanha
18.00H – Músicas e Cantigas / Bailias e Folguedos / Convívio das Três Culturas
19.00H – O milagre das Rosas – recriação do episódio lendário
20.00H – O julgamento de heréticos contumazes e aplicação das sentenças; D. Diniz reconhece a sua filha bastarda,  fruto da sua relação com Dona Marinha Gomes, nobre fidalga de Lisboa.
21.00H – A despedida aos Bons Comeres e Melhores Beberes nas Tabernas do Mercado