Município de Leiria dá início às comemorações Locais do Centenário de José Saramago (1922-2022)
Tiveram início, esta terça-feira, dia 16 de novembro, as comemorações locais do Centenário do Nascimento de José Saramago (1922-2022), com a plantação de uma oliveira, a árvore preferida de José Saramago, como o próprio refere no seu livro “As pequenas memórias” e o descerramento de uma placa evocativa, no Jardim da Almoinha Grande, junto à Ludoteca Municipal, em Leiria.
Esta iniciativa, que decorreu no dia em que o escritor faria 99 anos, contou com presença da Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Leiria, Anabela Graça, da Professora Isabel Silva e dos alunos e professores dos 3º e 4º anos da Escola do Arrabalde.
Na cerimónia, Anabela Graça agradeceu a presença de alunos e professores destacando a importância de se associarem ao início destas comemorações, pelo simbolismo de perpetuar a obra de José Saramago junto dos mais novos, motivando-os a conhecerem e lerem os livros daquele que foi Prémio Nobel da Literatura, nomeadamente “As pequenas memórias”, onde podem ficar a conhecer a vida de José Saramago.
Isabel Silva leu excertos do livro “As pequenas memórias”, no qual o escritor revela algumas peripécias acerca do seu nome. José de Sousa e Maria da Piedade eram os nomes dos pais de José Saramago, que se chamaria José de Sousa (como o pai), não fosse o funcionário do Registo Civil, por sua própria iniciativa, ter acrescentado ao nome a alcunha por que a família do escritor era conhecida na aldeia: Saramago (nome correspondente a uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência, serviam como alimento na cozinha dos pobres). Só aos sete anos de idade, quando foi necessário apresentar na escola primária um documento de identificação, se veio a saber que o seu nome completo era José de Sousa Saramago.
Isabel Silva contou ainda o gosto de José Saramago pelas Oliveiras da sua infância, na Azinhaga, o que o fez levar uma oliveira para Lanzarote.