Alunos da ESAD expõem fotografia no Edifício do Banco de Portugal
De 1 de Agosto a 19 de Setembro de 2014, estará patente no Edifício do Banco de Portugal, uma exposição de fotografia de alunos do curso de Som e Imagem da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Instituto Politécnico de Leiria, intitulada de “Abertura”.
A exposição resulta de uma estreita colaboração entre a Câmara Municipal de Leiria e a ESAD.CR.
A exposição reúne 11 alunos do 2º e 3º ano do curso de licenciatura e ex-alunos de Som & Imagem.
São cerca de 100 trabalhos em várias técnicas, analógico a preto e branco, digital a cores e a preto e branco e ainda vídeo. Estes trabalhos são o resultado de projetos individuais, isto é, propostas criativas e autorais realizadas pelos alunos.
O título da exposição, “Abertura”, tem algumas razões mais ou menos óbvias. Tem a ver com um termo técnico da fotografia, evoca a abertura ao público de trabalhos realizados numa escola e por fim, à ideia de espaço/sitio lugar/passagem e por consequência, tempo/duração.
Nesta exposição é possível ver um vai-e-vem entre os lugares físicos e os fictícios. Para alguns este caminho começa nos espaços físicos, para outros inicia nos lugares fictícios. Rapidamente se cruzam, qual fita de Moebius.
Autores & Conceitos:
Podemos ver lugares físicos nas paisagens do Tiago Gomes e nas paisagens do Ricardo Neves, podemos encontrar memórias da presença humana. Podemos ver nos retratos em espaço público do Tiago Lopes, onde se confronta o público e o privado.
O João Vieira, com a sua fotografia de rua, joga com o claro-escuro, escolhendo o claro para o espaço que quer que nós vejamos e deixando o escuro ao lugar do imaginário de cada um – as “personagens” entram ou saem desses espaços.
O João Branco, também com um jogo de luz, mostra-nos habitações onde a dúvida da sua atual habitabilidade se coloca.
A Carmen apresenta-nos o espaço do aeroporto, esse lugar ponto de partida e chegada para outros lugares.
No trabalho do André Rocha vemos imagens que o seu eu imagina dentro e fora do seu corpo. O espaço do psicológico sai do espaço do corpo, para ver o seu corpo. O André tenta-nos mostrar isso através das sus fotografias.
Com as imagens da Elodie, real e imaginário fundem-se, e não sabemos qual começa primeiro – se é que começou.
No vídeo do Rui Gaspar, “This feels like home”, os corpos habitam e partilham a paisagem, no mesmo estado de espírito.
Com o Ricardo Faria, temos a experiência ótica da tridimensionalidade que surge da bidimensionalidade.
Nas Imagens geométricas do David Duarte temos fortes linhas negras que cruzam o espaço infinito. Essas linhas terrenas, em cenário celeste, ligam locais, tornando-os comunicantes, reduzindo distâncias.