Orçamento para 2015 prevê redução da dívida em 11 milhões de euros
O município de Leiria prevê para 2015 uma redução da dívida em 11 milhões de euros, a que corresponderá a um pagamento na ordem dos 30 mil euros por dia, 1255 por hora e 21 euros por minuto.
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No valor total de 67 milhões de euros, o orçamento para o próximo ano, insiste no privilégio do rigor orçamental, na defesa das famílias da crise e, de um Governo que não tem criatividade para abandonar a vertigem dos cortes e do aumento de impostos.
Em 2015, a autarquia leiriense vai redobrar os esforços que tem vindo a efetuar ao logo do seu mandato, para amortizar uma dívida que lhe foi deixada como legado.
Desde 2009 que foi reduzido o passivo em quase 50 milhões de euros e, conforme referiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, “a esta velocidade é possível que a dívida esteja paga em dez anos”.
O vice-presidente destacou ainda que, neste orçamento, estamos confrontados com duas verdades distintas:
Por um lado, a autarquia de Leiria vai receber menos dinheiro do Estado para investir. Menos transferências para fazer tanto ou mais do que lhe é exigido por Lei e, por outro lado, devido à invenção do Fundo de Apoio Municipal por parte do Estado, que assim foge das suas responsabilidades o município vai ter de dispender 3,3 milhões de euros em sete anos, sendo assim penalizados os leirienses.
Contudo, ao contrário do Governo que não para de aumentar a carga fiscal, em Leiria não será aumentado qualquer imposto municipal, por que isto é o mínimo devido às famílias leirienses, em tempos de crise.
Em 2015 a Educação volta a ser uma bandeira da autarquia, prevendo-se a abertura de três centros escolares no próximo ano, mas também mais três centros de saúde requalificados, obras concluídas, como é o caso da Variante dos Capuchos, e o aumento das transferências para as freguesias em 400 mil euros.
Segundo Gonçalo Lopes, neste orçamento, as despesas correntes aumentam devido à reposição dos cortes nos salários. É um bom constrangimento porque se repõe uma injustiça social e surge felizmente num momento em que a disciplina financeira impera e torna possível atos de justiça como a integração de trabalhadores da Leirisport na autarquia.
“Herdámos dívidas, vivemos uma das piores crises económicas e financeiras em Portugal, o dinheiro para investir é cada vez menor e somos obrigados a pagar mais por imposição do Estado.
Este orçamento é a melhor resposta que podíamos dar porque não abdica do rigor financeiro, não desiste daqueles que mais precisam e, ao mesmo tempo, de fazer a obra que é indispensável”, concluiu o autarca.