Governo garante obras para evitar cheias em Monte Real
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, assumiu esta segunda-feira em Leiria a intenção do Governo em avançar com obras de desassoreamento no leito no rio Lis, de forma a impedir que se repitam as cheias que tiveram lugar há precisamente dois anos, causando prejuízos de milhões de euros.
As declarações do governante foram produzidas no final de uma reunião com o presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, do presidente da União das Juntas de Freguesia de Monte Real e Carvide, Faustino Guerra, e do acionista do complexo termal, Joaquim Mexia Alves.
“É uma boa notícia. Mas para que se concretize é preciso mais do que a vontade do governo e do Estado, mas igualmente intervenções essenciais por parte dos proprietários das termas”, sublinhou o presidente do Município de Leiria que ainda este ano já enviara um ofício para o Ministério dando conta da situação complicada em Monte Real e que estava a afetar todo o tecido económico daquela vila.
Carlos Martins destacou ainda que com o trabalho em conjunto de todos os interessados e responsáveis seria possível testemunhar atividade termal ainda este ano civil.
Para fevereiro estima-se que seja possível avançar com o concurso da obra (avaliada na parte do estado entre os 500 e o milhão de euros) “e com um calendário que permita definir exactamente quem faz o quê”.
Recorde-se que as cheias ocorreram em Fevereiro de 2014, devido a um rombo na mota do rio Lis, junto ao açude da Carreira, tendo provocado uma inundação da margem esquerda do rio, que atingiu Monte Real, causando danos na agricultura e em diversos equipamentos, entre os quais o complexo termal da vila que se encontra encerrado desde essa altura.
As cheias causaram prejuízos no complexo estimados em vários milhões de euros, a que se junta o impacto do fecho das termas na economia local, dependente do afluxo de pessoas gerado por aquele equipamento.