Presidente: para viver Abril não basta enfeitar o fato com um cravo na lapela”
O presidente da Câmara de Leiria defendeu no discurso da cerimónia evocativa do 25 de Abril de 1974 que hoje, mais do nunca, é vital olhar para os direitos, mas também para as responsabilidades que cabem a cada um, no interesse da comunidade.
Raul Castro aproveitou para enaltecer a importância dos municípios e das juntas de freguesia nas quatro décadas que se seguiram ao 25 de Abril.
“Aparentemente, as atividades das autarquias locais, às vezes podem parecer pequenas ou insignificantes. Contudo, estes pequenos atos têm uma importância crucial para os cidadãos que vivem num regime democrático e soberano, que exigem, e bem, que os seus representantes façam tudo o que está ao seu alcance para melhorar as vidas de cada um”, sustentou.
“Em conclusão, seria um grande avanço para todos nós, perceber de uma vez por todas de que para se viver Abril não basta enfeitar o fato com um cravo na lapela”, alertou o presidente da Câmara de Leiria.
Cumprir Abril, elenco, passa “por agir”, na Educação, na criação de infraestruturas, no apoio aos mais desfavorecidos e no desenvolvimento sustentável, exemplificou.
O presidente da Assembleia Municipal de Leiria (AM) disse hoje que o 25 de Abril “é uma tarefa inacabada” e que comemorar a Revolução de Abril deve-nos lembrar que “a liberdade e a democracia não são perenes”.
O balanço da Revolução é claramente favorável, sublinhou José Manuel Silva, assinalando, contudo, que “é prudente despertar o sentimento de pertença e participação”.
Já o vereador representante dos eleitos do PSD na Câmara de Leiria, Álvaro Madureira, lamentou que se “asfixie a democracia” quando os políticos eleitos esquecem as promessas perante os eleitores.
O autarca, sobre o poder local, a ideia de que foram os municípios e as freguesias que assumiram um estatuto importante na construção de Portugal, até pelo seu cariz de proximidade.