Biblioteca Municipal de Leiria é palco de exposição e tributo ao General Humberto Delgado
Tem lugar domingo, dia 15 de maio, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, em Leiria, a cerimónia de inauguração da exposição e tributo de Leiria ao General “Sem Medo”, Humberto Delgado, às 11 horas.
Com esta iniciativa, Leiria é a única cidade do País que se associa à cerimónia nacional que se realiza no dia 15 de maio, para batizar o aeroporto de Lisboa com o nome do General Humberto Delgado.
O programa em Leiria prevê intervenções de Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, Frederico Delgado Rosa, neto e biógrafo de Humberto Delgado, e Fernanda Ruivo, responsável pelo projeto “Escola Unesco” do Agrupamento de Escolas de Caranguejeira-Santa Catarina da Serra.
A exposição comporta informação genérica sobre a importância desta personalidade na nossa história, bem como fotografias originais da sua passagem por Leiria em 1958, propriedade de Joaquim Vieira, amigo pessoal e apoiante de Humberto Delgado enquanto candidato à Presidência da República em 1958, subordinada ao tema “Joaquim Vieira e Humberto Delgado: a liberdade que os une”.
No final, o jornalista e investigador Joaquim Viera, filho do Homem de cultura leiriense com o mesmo nome, realizará uma visita guiada à exposição.
General sem Medo
Assinalam-se em 2016 os 110 anos do nascimento do “General sem Medo”. Reconhecido pelo seu peso político na história de Portugal, o seu papel como um dos principais impulsionadores da aeronáutica civil portuguesa nem sempre é realçado.
Humberto Delgado ficou conhecido pela célebre resposta dada a um jornalista que jornalista lhe perguntou qual seria o destino que daria a Salazar, se fosse eleito: “Obviamente, demito-o!”, durante a campanha para as presidenciais de 1958.
Foram a ousadia, a formação militar e o sentido de honra que permitiram ao General Humberto Delgado a sua ascensão dentro do regime – e foram as mesmas características que o consolidaram como candidato aceite por todos os espectros da oposição ao salazarismo.
A mobilização da população portuguesa que apoiava a sua candidatura foi massiva. Tal foi o abanão provocado nos alicerces da ditadura pela sua ação política que a PIDE o assassinou em Espanha, em 1965. Mas o seu legado perdura.