Município de Leiria apresenta resultados do projeto “A Nutricionista foi à Escola”
Os resultados de um rastreio nutricional efetuado no último ano letivo a 1.980 crianças dos 5 aos 8 anos que frequentaram os jardins de infância e escolas do 1º ciclo do concelho de Leiria foram apresentados esta sexta-feira, numa iniciativa enquadrada na programação da Aldeia da Alimentação Saudável, que decorreu no Mercado de Sant’Ana.
Esta ação resulta da evidência que a aposta numa alimentação saudável é um fator determinante no combate ao insucesso escolar, além da importância que assume na prevenção da obesidade infantil, bem como de outras doenças associadas a carências nutricionais.
A apresentação dos resultados foi feita pela nutricionista Inês Oliveira, da equipa de trabalho PIICIE (Plano Inovador de Combate ao Insucesso Escolar), numa sessão que contou com a presença de diretores e representantes dos Agrupamentos de escolas, coordenadores de saúde escolar e pré-escolar, técnicos do Município e da equipa multidisciplinar PIICIE, bem como do seu coordenador, Pedro Cordeiro.
A vereadora da Educação do Município de Leiria, Anabela Graça, abriu a sessão destacando o excelente trabalho que a equipa do PIICIE tem vindo a desenvolver nas escolas, tal como a todos os que contribuíram para a concretização deste projeto.
"Este é um trabalho muito importante que se faz no terreno e para o qual é fundamental a conexão entre Município, especialistas, professores e encarregados de educação", disse Anabela Graça, defendendo que "a alimentação saudável é fundamental para evitar problemas de saúde como a obesidade e a diabetes, aumentando, paralelamente, o bem estar das nossas crianças".
Resultado dos objetivos do projeto educativo municipal, em sintonia com o projeto PIICIE, o trabalho agora apresentado baseou-se na observação e monitorização, no decurso do ano letivo, dos comportamentos ao nível da alimentação, com o intuito de identificar crianças com baixo peso, eutrofia, excesso de peso ou obesidade e sensibilizar a comunidade para a prevenção de novos casos.
De destacar que do universo de crianças monitorizadas, apenas 18 foram sinalizadas pelo facto de não tomarem o pequeno almoço em casa (fator não associado a carência, mas sim à necessidade de reorganização de horários a nível familiar), tendo sido também percecionado, neste universo, um baixo consumo de frutos oleaginosos (nozes, avelãs, etc.).
Do estudo sobressai ainda o facto de existir uma maior prevalência de obesidade, eutrofia e baixo peso em meninos e uma maior prevalência de excesso de peso em meninas.
Conforme mencionou Pedro Cordeiro, “este foi um projeto de raiz para cuja criação foi essencial auscultar as pessoas que estão no terreno para perceber as necessidades a transpor para a equipa de trabalho e efetuar a respetiva conversão em ações e atividades concretas”.
Do plano de ação estratégico fazem parte muitas atividades desenvolvidas em torno de temas como “Benefícios da fruta”, “Que alimentos estão presentes num pequeno almoço saudável?”, “Os Super Heróis do Refeitório”, “João e Inês e as suas lancheiras – uma manhã de aventuras muito saborosas!” e “Super Lanche Escolar”, que têm vindo a conquistar os mais novos para os benefícios de uma alimentação saudável.