Gabriela Canavilhas encantada com M|i|mo
Gabriela Canavilhas, Ministra da Cultura, inaugurou ontem, em Leiria, o M|i|mo – Museu da Imagem em Movimento, tendo durante toda a cerimónia manifestado o seu agrado pela qualidade deste equipamento museológico.
Com a presença de largas dezenas de convidados, a cerimónia teve início com a actuação da Sociedade Filarmónica S. Cristóvão da Caranguejeira, que brindou os presentes com um tema da banda sonora do filme "A máscara de Zorro".
A primeira intervenção esteve a cargo de Sérgio Figueiredo, administrador da Fundação EDP, que referiu que " este espaço é um mimo", tendo manifestado o seu agrado pela participação do público, pela beleza do edifício e pela abertura deste espaço no actual contexto de crise.
Aquele responsável abordou ainda a importância da exposição "negativo/positivo", que foi igualmente inaugurada e que é composta por parte do acervo da Fundação EDP, dado que contribui "para o papel inovador, inédito que a instituição está a desenvolver na construção da relação entre o sector empresarial e cultural, entre empresas e artes".
Raul Castro, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, destacou a importância deste dia para Leiria, tendo em conta "a relevância deste equipamento museológico, empenhado em divulgar o património associado à história da cinematografia". Para o autarca o m|i|mo "constitui um novo pólo de dinamização cultural e de atracção turística, com importantes valências".
A última intervenção esteve a cargo de Gabriela Canavilhas, Ministra da Cultura, que referiu que "a Cinemateca possui um acervo vasto e muito valioso, que o Ministério da Cultura pretende disponibilizar", acrescentando "Antevejo já uma série de parcerias interessantíssimas que a Cinemateca pode desenvolver com o m|i|mo, dando continuidade ao princípio de descentralização que queremos desenvolver". Para aquela governante " "Celebramos o museu municipal apelativo, alinhado com o espírito da política museológica perseguida pelo Ministério da Cultura e com o plano estratégico para os museus do Século XXI".
A cerimónia prosseguiu com uma visita guiada a todo o edifício, com passagem pela reserva visitável e pela Oficina do Olhar, tendo Gabriela Canavilhas manifestado grande interesse em conhecer o acervo do museu.
A inauguração do M|i|mo ficou ainda assinalada pela inauguração da Exposição ‘Negativo/Positivo’, com obras da Colecção de Arte da Fundação EDP, tendo a visita guiada estado a cargo do Comissário da Exposição, João Pinharanda.
O m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento
O Museu da Imagem em Movimento, é um museu municipal empenhado em divulgar o património associado à história da cinematografia: como surgiram as imagens animadas, como nasceu o cinema e como evoluiu a projecção de imagens numa perspectiva artística e técnica.
O conceito do m|i|mo é constituído por um espaço de exposição permanente de carácter museológico subordinado à evolução da Cinematografia e um espaço de exposições temporárias, onde serão desenvolvidas as várias temáticas abordadas na exposição permanente, desenvolvendo actividades pontuais tais como, exibição de pequenos ciclos de cinema, actividades de formação, nomeadamente seminários, colóquios, workshops, conferências, exposições temporárias, ciclos de cinema e vídeo.
A colecção do m|i|mo contempla as áreas do Pré-cinema, Fotografia e Cinema, sendo os objectos que a integram alvo de estudo, tratamento especializado de recuperação, conservação e catalogação e divulgação.
Exposição ‘Negativo/Positivo’
A Fundação EDP apresenta no M|imo uma pequena, mas significativa parte da sua Colecção de Arte. A pretexto da inauguração deste relevante equipamento museológico da cidade e do País, mostram-se obras integradas nas vastas categorias contemporâneas das Artes Plásticas. A exposição está pensada em dois volantes: o que agora se inaugura, sob o título ‘Negativo/Positivo’, e o que será apresentado em Maio do próximo ano, a intitular ‘Luz/Cor’.
As obras de pintura, escultura, desenho, gravura ou fotografia escolhidas para a primeira fase desta colaboração entre a Colecção da Fundação EDP e o M|i|mo exploram valências anteriores à experiência fotográfica (como os jogos de luz e sombra e a autonomia da silhueta, a reflexão/duplicação da imagem nos espelhos, as soluções de molde e contra-molde dos objectos ou texturas), mas aproveitam também, nos seus processos criativos, saberes e experiências, as práticas de revelação fotográfica, reprodução mecânica das formas ou registo do movimento dos corpos.
A ideia de contraste, complementaridade ou reversibilidade entre a luz e a sombra (o que foi e o que não foi iluminado), a sedução visual e simbologia da silhueta dos corpos ou da sua reflexão, a prática da moldagem dos volumes, são elementos essenciais, embora não únicos, na definição física e metafórica dos objectos e imagens desta exposição.
Leiria, 9 de Dezembro de 2010