Congresso Internacional de Antropologia Ibero-Americana e Jornadas Internacionais de Etnografia com 270 participantes inscritos de 16 países
O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, defendeu esta quinta-feira que a capacidade de preservar, investigar e valorizar o legado material e imaterial das gerações que nos procederam e que, camada a camada, construíram o território que habitamos, constitui um dos critérios que melhor define o estado de desenvolvimento de uma sociedade.
O autarca falava na sessão de abertura do XXVII Congresso Internacional de Antropologia Ibero-Americana e III Jornadas Internacionais de Etnografia, que decorre no Teatro Miguel Franco, com 270 participantes inscritos de 16 países.
No encontro, o autarca defendeu que o mapa que nos situa e fixa as fronteiras daquilo que somos enquanto comunidade é profundamente subjetivo, construído por múltiplas interpretações, experiências e vivências, tanto no tempo como no espaço.
“Há um território que habitamos e há um território que nos habita: Uma construção que resulta da interação constante entre o físico e o simbólico, entre as marcas deixadas pelas gerações passadas e as narrativas que tecemos no presente”, disse Gonçalo Lopes, destacando a importância do trabalho desenvolvido a todos quantos têm contribuído para a preservação e divulgação do nosso património.
O concelho de Leiria conta com mais de uma dezena de núcleos etnográficos e duas dezenas de grupos de folclore.
Todos os anos, são organizados em Leiria mais de 50 eventos de índole etnográfica - festivais de folclore, representações etnográficas, ações de formação, colóquios e jornadas de Etnografia -, existindo várias publicações com estudos etnográficos, nomeadamente os dois cancioneiros Entre Mar e Serra da Alta Estremadura e Região de Leiria nos quis estão publicadas mais de mil modas recolhidas na região.